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90% dos brasileiros admitem ter necessidade de educação financeira, aponta estudo

A preocupação em organizar e planejar as finanças para fechar o mês no azul se intensificou durante a crise da Covid-19


90% dos brasileiros admitem ter necessidade de educação financeira, aponta estudo
Foto: Pixabay

Anotar todas as despesas do mês, comparar com a renda fixa e identificar possíveis cortes e economias são hábitos que ganharam força durante a pandemia da Covid-19. Com as incertezas frente ao desemprego, aumento do dólar e os altos preços dos produtos no supermercado, a educação financeira se tornou ainda mais necessária.


Uma pesquisa realizada no início deste ano apontou que 47% dos entrevistados passaram a fazer planos para o futuro por causa da crise e 90% admitiram ter a necessidade de uma educação financeira. O estudo foi feito pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a Xpeed, braço de educação financeira da XP e apontou uma mudança no comportamento do brasileiro.


Segundo a consultora financeira pessoal, Nathália Fernandes, com a pandemia, o planejamento financeiro se tornou ainda mais importante para gerenciar esse momento de crise, já que a ferramenta eleva o nível de conhecimento e de educação financeira das pessoas.


"Com conhecimento, a pessoa conquista consciência, toma melhores decisões e obtém melhores resultados que afetam toda a sua vida, não apenas na esfera financeira. Então, desenvolver a consciência financeira é de grande valor, especialmente em momentos de instabilidade e em que precisamos rever nossos hábitos e fazer diferente para termos resultados diferentes", completa.


A importância do conhecimento sobre o tema

A pesquisa apontou ainda que 63% dos entrevistados afirmaram ter apenas conhecimento básico sobre educação financeira.


Por falta de conhecimento, muitos ainda têm a visão de que um planejamento financeiro é algo muito difícil de ser realizado e quem pode auxiliar nesse processo é o planejador financeiro, responsável por traduzir a matemática para o seu cliente: quanto gastar, quanto investir, onde economizar, qual a melhor forma de comprar, como combinar diferentes objetivos em horizontes de tempo distintos.


Dicas para começar

O primeiro passo para um planejamento financeiro consolidado é rever a vida financeira para começar a se organizar. Nathália aponta cinco dicas fundamentais para alcançar esse objetivo:


Mapeie seus gastos

Quanto e onde você está gastando? Qual é o seu ponto cego? Monitore e identifique para onde estão indo os seus gastos. Isso ajuda a gastar menos por impulso.


Diminua as despesas

Organize seu orçamento mensal para não exceder 50% em gastos essenciais (moradia, alimentação, saúde, etc) e 30% em gastos pessoais (ou "vontades", como lazer, viagem, cinema). Dessa forma, você conseguirá poupar 20% da sua renda.


Viva abaixo do que ganha

Não gaste toda sua renda e invista, pelo menos, 20% do que ganha mensalmente. Se ainda não for possível, comece aos poucos, até chegar a esse patamar. Quem vive abaixo dos seus meios são pessoas realistas e que sempre possuem dinheiro investido.


Possua uma reserva de emergência

Ter essa reserva vai te trazer paz financeira. Esse fundo é exclusivo para cobrir eventos inesperados, como reparos em casa, doenças ou perda de emprego. Se você ainda não tem, comece ontem a poupar para formar sua reserva.


Defina metas intermediárias

Trace metas pequenas para visualizar o seu avanço e ganhar motivação. Detalhe seu planejamento, entendendo o que esperar e quais as metas parciais. Sem isso, você pode ficar com a impressão de que o plano não está dando certo.


Fonte: Nathalia Fernandes, consultora financeira pessoal

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