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Salário, benefícios e mais: quais os tipos de reconhecimento os trabalhadores mais procuram?

Os trabalhadores querem reconhecimento não apenas financeiro, mas também intelectual, social, emocional e outros.



Por melhor que um salário seja, se o profissional não se sentir plenamente valorizado onde trabalha, é bem provável que surjam problemas de relacionamento, no desempenho e até mesmo um pedido de demissão, no pior dos casos. E não é de hoje a certeza de que o reconhecimento amplo e consistente por parte do empregador conta muito no nível de engajamento e de satisfação do empregado.


Sobretudo nas gerações mais novas, está bem sedimentada a ideia de que será depositada boa parte do seu dia no trabalho, portanto, ele precisa ser gratificante. “E não apenas financeiramente, mas também intelectualmente, socialmente, emocionalmente, entre outros aspectos. Um ambiente que propicia relações e experiências positivas – como boas interações, aprendizado, cuidados com a saúde, oportunidades de ascensão, etc – demonstra respeito e apreço pelos funcionários”, afirma o especialista no assunto e diretor-geral da Robert Half na América do Sul, Fernando Mantovani.


Satisfação é um ponto-chave para os profissionais, mas não só com o salário:


O especialista comenta que uma enquete recentemente realizada pela Robert Half revelou que grande parte dos profissionais entrevistados não está satisfeito com o salário que recebe. “Oferecer uma remuneração adequada é algo básico. E adequada quer dizer que ela precisa, no mínimo, ser compatível tanto com a média aplicada pelo mercado quanto com as responsabilidades envolvidas no cargo. Esse retrato obtido pela pesquisa, entretanto, suscita um questionamento mais profundo, que toda empresa deveria se fazer”, esclarece o diretor-geral.


Ele ainda explica que, diante de queixas salariais, é importante compreender se elas sinalizam um quadro maior de insatisfações, a exemplo do que acontece quando há febre e infecção. “Não se cura o sintoma sem curar a doença. Excesso de pressão, sobrecarga de tarefas, falta de diálogo e pouca transparência são pontos críticos, entre tantos outros, que podem contribuir para a percepção de que a remuneração não compensa.”


Saúde, segurança, bem-estar e qualidade de vida:

Oferecer um pacote de benefícios que promova a saúde, a segurança, o bem-estar e a qualidade de vida dos funcionários é tão relevante quanto um bom salário, como mostra o Guia Salarial 2023 da Robert Half.


Segundo o estudo, entre os top 10 benefícios mais demandados pelos profissionais entrevistados, cinco deles fogem do tradicional. São eles: aportes na previdência privada, auxílio-educação, auxílio financeiro para home office, folgas remuneradas e apoio psicológico.


“Ainda conforme o Guia, 86% dos colaboradores afirmam que gostariam de escolher benefícios que fossem sintonizados às próprias necessidades. E de acordo com 77% dos profissionais entrevistados, seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente. Esses resultados destacam a urgência de as empresas ouvirem os colaboradores e alinharem os benefícios às expectativas dos times”, reforça Mantovani.


Atitudes que valorizam os colaboradores:


O especialista também ressalta que ao lado do pacote de benefícios, uma estratégia de atração e de retenção de talentos deve envolver também uma cultura de valorização dos funcionários por meio de atitudes diárias. Ele ressalta, a seguir, alguns cuidados que devem fazer parte de um bom programa de reconhecimento:


  • Timing: colaboradores que vão além do esperado, devem ser recompensados rapidamente, para que a conquista realizada não caia no esquecimento entre as lideranças;

  • Cardápio: as opções de reconhecimento são muitas e, claro, devem ser pertinentes à situação. Elogios, bônus, promoção ou algum benefício extra (como dias de folga ou ingressos para um show, por exemplo) são caminhos interessantes;

  • Equivalência: um “muito obrigado” sincero pode ser suficiente, dependendo do caso. Assim como pode ser fundamental preparar um agradecimento formal e especial se o profissional tiver superado as expectativas;

  • Acompanhamento: somente é possível reconhecer aquilo que conhecemos. Por isso, estar a par dos feitos do time é um exercício permanente e obrigatório para poder, no momento certo, concretizar o reconhecimento;

  • Divulgação – compartilhar o sucesso de um funcionário com os demais colegas ou com a empresa toda, é valorização em dobro. É o tipo de ação que pavimenta o caminho para promoções, aumentos e outras conquistas;

  • Particularidades – para algumas equipes, em função da natureza da atividade ou de outros fatores, é essencial estipular metas e parâmetros específicos, para não ficarem de fora da cultura de reconhecimento.


“Seja como for o programa de reconhecimento da empresa, maior ou menor, mais simples ou mais elaborado, o principal é que ele seja compreendido e adotado por todos. Para tanto, as regras e as expectativas devem ser claras e objetivas. A valorização, com um bom pacote de benefícios e um programa de reconhecimento, tende a ser uma via de mão dupla. Quem se sente valorizado, também valoriza o que tem”, finaliza o especialista.

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